quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Tem coisas que só a Philco faz pra você. Ou não.

Eu não me lembrava desse comercial, de verdade. Bem legal a maneira como são expostos os personagens, “Grande Pai 20” e “Pequeno 14”.
Mostra uma maravilha moderna, TV com vídeo cassete embutido. Coisas que, hoje em dia, não passam de trambolhos.

TV de tubo? Vídeo Cassete?

E a grande dúvida. O que fazer se um deles quebrar? Joga tudo fora?

Espero que gostem do comercial.

E, aproveitando uma coisa que o "Grande pai 20" fala no vídeo, aproveito pra expressar minha opinião sobre uma coisa: Um monte de cabo pra ligar qualquer aparelho na TV, é um pé no saco mesmo!

J

segunda-feira, 24 de outubro de 2011


Mais um filme pro povo ficar com o jingle na cabeça.
Esse comercial foi ao ar em 1962 e mostra que as Casas Pernambucanas fornecem tudo para o frio ficar longe da casa dos consumidores.

Hoje não tem historinha. Só hoje.

:)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Pizza com Guaraná

Propaganda criada em 1991 pela agência DM9DDB, pelo grande Nizan Guanaes, para o Guaraná Antarctica, deixa todo mundo com água na boca.

Com um jingle magnífico, que os publicitários de hoje em dia deveriam se inspirar, tudo é lindo nessa propaganda, tornando-a inesquecível. Só assim posso classificá-la.

Quem não conhece, aposto que vai ficar com a música na cabeça por uns dias. Quem conhece, vai relembrar e curtir muito.

Mas vamos lá. O assunto de hoje é pizza e, como tudo sempre acaba em pizza e adoramos ligar isso com história, vamos falar de um fato histórico que acabou em PIZZA.  A Inquisição.

O que foi a Inquisição? Basicamente, foi um ato em que a Igreja Católica, quando começou ser “questionada”, criou para eliminar possíveis questionadores de suas crenças, de uma forma bem legal.

Quer saber como?

Tiravam a liberdade das pessoas de escolherem em que acreditar e, com a ajuda de políticos, que queriam também manter o seu poder, acusavam essas pessoas de bruxaria e acabavam com elas.

“Mas me conte logo, como essas pessoas morriam?” você está se perguntando.

Eram torturadas das mais diversas formas e, o que mais me assusta, eram queimadas vivas em praças públicas.

Imagina você, acordar de manhã, pensar em um lugar pra levar a sua família passear e sentir o cheiro de “churrasquinho” vindo da praça.

“Nossa, minha família, o Carlos, nosso ex-vizinho, está “queimado” com a Igreja."

Tudo começou em 1184 e sua última “célula”, a "Congregação da Sacra, Romana e Universal Inquisição do Santo Ofício" durou até 1965. Mas, nessa época, eles não matavam mais ninguém, fiquem tranqüilos.

Aqui no Brasil, a SANTA Inquisição da Igreja Católica, matou 951 pessoas.

O astrônomo Galileu Galilei em 1633, negou publicamente a teoria heliocêntrica (que a terra gira em torno do Sol, não o contrário) desenvolvida por Nicolau Copérnico, trocando assim a pena de morte por prisão perpétua domiciliar.

Após nova investigação iniciada em 1979, o Papa João Paulo II reconheceu, em 1992, o erro da Igreja Católica no caso Galileu, e pede perdão.

E as mortes? E as famílias destruídas? Perdão adianta?

Algumas fontes citam que foram mortas aproximadamente 9 milhões de pessoas, entre homens, mulheres e, acreditem, crianças.

Como isso acabou? Em PIZZA!

Hoje, a Igreja Católica é a instituição mais forte do mundo, mesmo matando milhões de pessoas.

Aproveitem a PIZZA COM GUARANÁ.

E segue o jingle pra todo mundo cantar junto.
E-Eu não vejo a hora
De te cortar
Te ver mais uma vez
Te saborear
Meia Mussarela, meia Aliche ou Calabresa,
Romana, Quatro-queijos, Marguerita e Portuguesa

Como é bom te ver
Você chegou na hora "H"
Adoro pizza com guaraná-ááá 




Edie Olivatto.

PROMOÇÃO “A propaganda da sua vida”


Ma oeeee! Quem quer dinheiroooo?

Sinto informar, mas estão no lugar errado.

Essa promoção é bem simples. Vamos a ela.

1) Escolha uma propaganda qualquer: nova, velha, sei lá.
2) Relacione essa propaganda com alguma história ou fato de sua vida. Seja criativo, pode até ser uma mentira.
3) Mande pra gente no email: velhariasdapropaganda@gmail.com
4) As cinco melhores histórias serão escolhidas pelos administradores do blog, até o dia 02/11/11.
5) Serão levadas à votação popular, com votos abertos de 02/11/11 até 10/11/2011.
6) O vencedor será divulgado em 10/11/2011 e ganhará um prêmio surpresa, que será divulgado na sexta feira, dia 21 de outubro.


PARTICIPEM.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Fusca

Olá!

Meu nome é Edie Olivatto. Escrevo aqui no Velharias de vez em quando. Faço um pouco de tudo. Sou músico, publicitário aspira, sei muito de construção civil. Gosto de algumas coisas. Odeio muitas. E hoje, vou falar de carro.

Como posso falar de carro e ignorar o mais charmoso de todos eles?

Estou falando do Fusca, produzido pela Volkswagen, cuja fabricação começou em 1940 e seguiu até 2003, no México.

O Fusca foi idealizado por Adolf Hitler para atender as necessidades alemãs, tanto civis como militares.

Na parte civil, o Fusca atendia alguns requisitos básicos para a sociedade alemã da época: Possuia cinco lugares (dois adultos e três crianças), e poderia levar uma família inteira que, em sua maior parte, era constituída por cinco pessoas.

Na militar, seria capaz de carregar três soldados e uma metralhadora.

Era um carro muito econômico, fazendo 13km/l, economizando, assim, combustível para "abastecer" a guerra.

Aqui no Brasil, temos muitos apaixonados por esse carro, e posso dizer que sou um deles. Aqui, a venda do Fusca começou em 1950 e teve sua produção descontinuada em 1983.

Mas, quando ninguém imaginava, ele ressurgiu. O ex-presidente Itamar Franco, que assumiu quando Collor renunciou, sugeriu à Volkswagen que voltassem fabricar o Fusca.

Infelizmente foi fabricado somente por três anos, até 1996.

Em 1994, a Volkswagen lançou o comercial "O sucessor do Fusca", apresentado por um japonês, sendo uma das primeiras propagandas da Volkswagen do Brasil a ser estrelada por um estrangeiro.

O resultado está aí embaixo.

Divirtam-se.

:)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Material de Divulgação do Blog

Boa noite, caros leitores do blog. Meu nome é Ronaldo e faço parte da equipe de criação do blog \,,,/, 

Venho divulgar o nosso material de divulgação. Vamos comentar ae galera. A opinião de todos é muito importante.




Aproveito para deixar um presentinho para todos os amantes nostálgicos de jingles antigos. :D
Boa noite.



Araldite


Araldite é uma cola epóxi muito resistente... Opa, peraí. Quem quer saber de Araldite aqui?

Tudo bem! Vamos falar de cola, mas não desse tipo de cola. O assunto aqui é refrigerante. Ou não.

O vídeo começa com um texto simples: “Novidade na guerra das colas.”, e logo aparecem os dois refrigerantes, Cola-Cola e Pepsi, uma em cada canto da tela. Pepsi e Cola-Cola juntas? O que? Uma ótima propaganda criada pela então Standard, Ogilvy & Mather e ganhou um Leão de Ouro em Cannes. Teve uma vida curtíssima na TV, por motivos óbvios. Foi criado pelos publicitários Clovis Calia e José Fontoura da Costa, já com a certeza que seria um filme polêmico, levando à decisão de nem pedirem autorização das multinacionais para o uso das marcas.

O ano era 1989, ano de eleições no Brasil. A primeira desde 1960. A ditadura tinha acabado há quatro anos, mas o povo ainda não tinha escolhido seu representante principal.

Vinte e dois candidatos. Sim, VINTE E DOIS. Entre esses candidatos, destaco alguns: Fernando Collor de Mello (que tinha Itamar Franco como vice), Luiz Inácio da Silva (o Lula), Leonel Brizola, Mário Covas, Paulo Maluf, Ulysses Guimarães, Enéas Carneiro e Fernando Gabeira. Acreditem se quiser, mas até Sílvio Santos tentou concorrer, mas isso não foi possível, pois quando resolveu se candidatar as cédulas de papel já estavam impressas e o TSE impugnou sua candidatura.

Nessa eleição ainda tivemos a primeira candidata a presidente, Lívia Maria, do PN, que obteve 179.922 votos e ficou na 16º posição.

Mas vamos ao que interessa. Em 15 de novembro de 1989, o povo foi às urnas. Fernando Collor de Mello obteve 22.611.011, equivalente a 28,52%, Luiz Inácio “Lula” da Silva obteve 11.622.673 de votos, equivalente a 16,08% e, com isso, foram os dois candidatos para o segundo turno.

O segundo turno foi disputado em 17 de dezembro de 1989, e foi vencido por Collor, que obteve 4 milhões de votos a mais que Lula.

Várias histórias falam que essa eleição foi manipulada pelo Grupo Globo de Comunicação, especialmente a Rede Globo de Televisão, que colocou no ar um debate levemente tendencioso. Essa manipulação é lenda ou verdade? Não sei.

Fernando Collor presidiu o país de 15 de março de 1990 até 29 de dezembro de 1992, quando renunciou para não perder seus direitos políticos, pois sabia que seu impeachment era inevitável. O seu vice, Itamar Franco, assumiu a presidência.

1989 tem ótimas histórias. Entre elas, a queda do muro de Berlim, que vamos deixar pra um próximo post.


domingo, 2 de outubro de 2011

Preconceito.

Levando para o lado emocional, vamos de mais uma propaganda da DM9.

O Brasil tem quase duzentos milhões de habitantes e possui uma distribuição de renda assustadora: 1% da população tem em suas mãos 50% da renda nacional, enquanto os 50% mais pobres, vivem com apenas 10% desse valor.
Segundo estatísticas, 36% da população vive em situação de pobreza, e é o segundo país com a pior distribuição de renda do mundo, ficando atrás somente da África do Sul.
Por conta dessa distribuição existem, no país, cinco tipos de grupos socias: os indigentes (24 milhões de pessoas); os pobres (30 milhões); os quase pobres (60 milhões); a classe média (50 milhões); e os ricos (2 milhões).

A expectativa de vida de 10% das crianças, nas regiões mais pobres do país, é de apenas 5 anos de idade, e grande parte dos jovens carentes que se envolvem com o crime morrem antes de completar 18 anos.

Como exemplo, em 2006, morreram 17.163 jovens no Brasil, quase o mesmo número de pessoas mortas em 2002 na guerra civil em Angola. E dizem que estamos em tempos de paz.

Essas são apenas algumas estatísticas, retiradas do site da ONG “Dreams can be” (http://www.dreamscanbe.org).

Já a Sindrome de Down tem uma incidência de aproximadamente de 1 a cada 660 nascimentos. Ficar falando do que se trata a doença vai ser uma grande perda de tempo, pois as pessoas portadoras podem levar uma vida comum, trabalhar, estudar, entre outras coisas que muitas pessoas não conseguem fazer ou não tem condições de fazer.

Em países como a Inglaterra, o aborto em caso de diagnóstico de Sindrome de Down é permitido. Acho isso, em partes, uma conquista, pois cada pessoa deveria ter o direito de fazer o que deseja fazer, independente de dogmas ou outras coisas. Mas com tanta gente procurando uma criança para adotar, isso se torna um absurdo, principalmente por saber que uma pessoa com essa doença pode ter uma vida normal, como qualquer outra pessoa.

Deixando números de lado e partindo pra propaganda, o que temos aqui é uma obra de arte. Criada em 1998, mostra duas crianças se divertindo em um carrossel. Uma “normal” e outra com Sindrome de Down. Carlinhos é a estrela do vídeo. Carlinhos estuda, faz natação, toca piano. Na primeira impressão, Carlinhos é a criança “normal. E aí pensamos: “Poxa vida, as pessoas com Síndrome de Down deveriam ter os mesmos direitos de qualquer pessoa.”

Quem fez essa propaganda é um gênio, pois conseguiu enganar as pessoas por um minuto e meio, em uma propaganda de dois minutos (que poderia ser monótona, mas, pelo contrário, não é em nenhum momento), quando revela que Carlinhos é o portador de Síndrome de Down.

A criança carente é caracterizada sutilmente com um chinelo de dedo.

Engraçado e interessante o amigo dele não ter um nome. Talvez pela falta de importância que tem essas pessoas, sendo elas “sem nome” pra grande maioria?

O preconceito atinge as duas partes, os portadores da síndrome e a criança carente, que é o amigo do Carlinhos.

E a ajuda pedida para a criança carente não deve ser levada como ajuda financeira, mas sim como uma ajuda para nós mesmos para combater o preconceito que sofremos, pelos mais diversos motivos. Devemos nos ajudar a combater tudo que nos machuca.

Somente nós podemos combater isso, deixando primeiramente nosso preconceito de lado.

Na época de lançamento dessa propaganda, a banda Radiohead era uma desconhecida do público brasileiro.

A música foi cedida gratuitamente para o vídeo e isso ajudou muito na divulgação da banda aqui no Brasil, sendo hoje uma das bandas internacionais mais queridas do público brasileiro.



Gordinho da Honda

Vamos lá.
Pra inaugurar o blog, escolhemos uma propaganda de motocicletas. Motos em alta velocidade, mostrando o vento batendo na cara de uma pessoa descolada? Várias mulheres olhando pro cara que pilota a moto?

NÃO! Nada disso.

Criado pela DM9DDB em 1994, como toda propaganda da Honda, foi veiculada em horário nobre.
Bem simples. Um fundo preto e um gordinho, que foge do padrão de beleza estabelecido para estrelar um comercial, vestindo uma camiseta preta, cantando uma música grudenta: “Eu acordei, peguei meu pijama, fui pra minha cama, e depois dormi”, ilustra bem o conceito “A vida tem que ser mais do que isso”.

Em 1994, o Brasil passava por mudanças econômicas muito fortes. Vindo de uma inflação que atingiu, entre julho de 1965 a junho de 1994, mais de 1 quatrilhão por cento, passando por moedas de vários nomes e, quando a inflação aumentava, retiravam zeros das moedas. Mas como assim? Simples.

Usando uma moeda brasileira antiga como, por exemplo, o Cruzado, que vigorou no Brasil em 1986, fazia-se assim. Por exemplo, se um pãozinho custava 1 cruzado (cuja cifra era Cz$), após um tempo, com a inflação altíssima, o mesmo pãozinho passaria a custar Cz$1000,00. Nossa, que valor alto pra um pãozinho. O que fazer? Simples, cortam-se três zeros desse número e muda-se o nome da moeda pra uma coisa tipo “Cruzado Novo”, e essa pãozinho passava a custar NCz$1,00 (Um cruzado novo). Super criativo.

Em 1994, tudo era recente. Uma nova democracia se estabeleceu no país poucos anos antes, acabou-se com a inflação altíssima e finalmente o povo adquiriu poder de compra.

Mas nem tudo em 1994 foram flores. O Brasil perdeu seu maior ídolo, o piloto de Fórmula1, Ayrton Senna da Silva. Não vou saber especificar se essa propaganda da Honda foi criada depois da morte de Senna, mas algumas coisas me levam a acreditar que sim, como, por exemplo, o motivo de não colocar uma moto em altas velocidades e fazer uma propaganda divertida e leve. O brasileiro precisava de coisas suaves, o brasileiro precisava de conquistas.

Nisso veio a Copa do Mundo de Futebol dos Estados Unidos.

Imaginem um país desolado, sem esperança, com seu maior ídolo recém falecido e com um time de futebol que não ganhava uma copa do mundo há 24 anos. Em minha opinião, o que se viu em 1994, foi um show. O Brasil conquistou a copa do mundo com méritos e pronto, ídolos surgiram e todos puderam bater no peito e ter orgulho de dizer que sim, eram brasileiros.

O público identificou-se rapidamente com o gordinho, por ele fazer parte de um grupo de “pessoas comuns” e a propaganda foi um sucesso.

Afirmo, sem pestanejar, que essa foi uma das minhas maiores influências para querer fazer propaganda.



Ficha técnica:
Título: Monotonia.
Criação: Nizan Guanaes
Direção de criação: Nizan Guanaes e Camila Franco
Agência: DM9
A
tor: Paulo Sergio Berti

A proposta.

De um modo simples e direto: Mostrar propagandas antigas e encaixá-las em um contextos histórico, cultural, econômico, político, ou qualquer outra coisa que acharmos interessante pra completar a propaganda postada.

Sejam bem-vindos.