segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Araldite


Araldite é uma cola epóxi muito resistente... Opa, peraí. Quem quer saber de Araldite aqui?

Tudo bem! Vamos falar de cola, mas não desse tipo de cola. O assunto aqui é refrigerante. Ou não.

O vídeo começa com um texto simples: “Novidade na guerra das colas.”, e logo aparecem os dois refrigerantes, Cola-Cola e Pepsi, uma em cada canto da tela. Pepsi e Cola-Cola juntas? O que? Uma ótima propaganda criada pela então Standard, Ogilvy & Mather e ganhou um Leão de Ouro em Cannes. Teve uma vida curtíssima na TV, por motivos óbvios. Foi criado pelos publicitários Clovis Calia e José Fontoura da Costa, já com a certeza que seria um filme polêmico, levando à decisão de nem pedirem autorização das multinacionais para o uso das marcas.

O ano era 1989, ano de eleições no Brasil. A primeira desde 1960. A ditadura tinha acabado há quatro anos, mas o povo ainda não tinha escolhido seu representante principal.

Vinte e dois candidatos. Sim, VINTE E DOIS. Entre esses candidatos, destaco alguns: Fernando Collor de Mello (que tinha Itamar Franco como vice), Luiz Inácio da Silva (o Lula), Leonel Brizola, Mário Covas, Paulo Maluf, Ulysses Guimarães, Enéas Carneiro e Fernando Gabeira. Acreditem se quiser, mas até Sílvio Santos tentou concorrer, mas isso não foi possível, pois quando resolveu se candidatar as cédulas de papel já estavam impressas e o TSE impugnou sua candidatura.

Nessa eleição ainda tivemos a primeira candidata a presidente, Lívia Maria, do PN, que obteve 179.922 votos e ficou na 16º posição.

Mas vamos ao que interessa. Em 15 de novembro de 1989, o povo foi às urnas. Fernando Collor de Mello obteve 22.611.011, equivalente a 28,52%, Luiz Inácio “Lula” da Silva obteve 11.622.673 de votos, equivalente a 16,08% e, com isso, foram os dois candidatos para o segundo turno.

O segundo turno foi disputado em 17 de dezembro de 1989, e foi vencido por Collor, que obteve 4 milhões de votos a mais que Lula.

Várias histórias falam que essa eleição foi manipulada pelo Grupo Globo de Comunicação, especialmente a Rede Globo de Televisão, que colocou no ar um debate levemente tendencioso. Essa manipulação é lenda ou verdade? Não sei.

Fernando Collor presidiu o país de 15 de março de 1990 até 29 de dezembro de 1992, quando renunciou para não perder seus direitos políticos, pois sabia que seu impeachment era inevitável. O seu vice, Itamar Franco, assumiu a presidência.

1989 tem ótimas histórias. Entre elas, a queda do muro de Berlim, que vamos deixar pra um próximo post.


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